A Câmara Municipal de Cascais está interessada na construção de um campo público de golfe e o presidente António Capucho avançou à Agência Lusa a possibilidade de utilizar os terrenos da antiga lixeira de Trajouce."Tem uma dimensão e uma localização excelentes para o efeito e é essa ideia que está a 'aboborar'", referiu Capucho.O autarca acrescentou ser necessário aguardar pelo processo de estabilização dos resíduos antes de avançar com a construção do campo: "Teremos de acompanhar a evolução do sub-solo da lixeira para ver a partir de que momento será possível instalar um campo de golfe. Nunca antes de cinco anos, ou seja, 2012".António Capucho precisou que, em termos de espaço público, a zona da antiga lixeira é a única que a câmara pode dispor, mas, caso não seja tecnicamente possível a sua utilização, a edilidade poderá negociar a aquisição de terrenos privados."Não é o único local, mas em termos de espaço público é... Tem dimensão suficiente para o efeito. Há outros espaços privados que poderão ser objecto de negociação, caso seja a vontade da câmara", explicou.A região, considerada um dos melhores destinos de golfe mundiais, dispõe actualmente de cinco campos, todos privados: Beloura, Quinta da Marinha, Oitavos, Estoril e Penha Longa.Contudo, e apesar de sublinhar não haver "pressa" em construir um percurso público, Capucho considera que a sua existência servirá para "projectar o golfe como modalidade relevante em Cascais" e irá "proporcionar a prática da modalidade a um maior número de cidadãos".Neste momento, Portugal não tem qualquer campo público de golfe, aguardando-se para o último trimestre do ano o arranque das obras do primeiro percurso no complexo desportivo do Jamor, da responsabilidade da Federação Portuguesa de Golfe e do Estado.
Só assim o golfe conseguirá impor-se em Portugal, criando-se as condições para que toda a gente possa praticá-lo. É mais que um bom exemplo a seguir.
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